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PERCURSO
previsto DO PASSEIO DE CLÁSSICOS LAGOA 2011
1-
Inicio do passeio – Instalações SANIPINA
2-
Paragem nas Fontes de Estombar
3-
Paragem na Adega de Lagoa – Prova de Vinhos e
visita
4-
Paragens no Algar Seco – Carvoeiro
5-
Barca Velha – local do Almoço
6-
Local do Troféu Regional Sul de Slalom (ver a
partir das 14h)
ROTEIRO TURÍSTICO
Lagoa
Área
– 25,2 Km2
População - 5818
Densidade Populacional
- 230,8 hab/km2
Cidade de
branco casario, onde as ruas largas e estreitas se misturam, levando-nos ao
encontro dos edifícios modernos e das casas antigas, algumas anteriores ao
terramoto de 1755.
Vagueando
pelo centro histórico da cidade descobrem-se os antigos portais e janelas
manuelinas, os telhados de quatro águas e os arcos que nos ligam a ruas
estreitas, onde se encontram vestígios de edifícios há muito desaparecidos.
Curiosamente, encontramos aqui desde construções do séc. XVIII às construções
modernas, o que denota a evolução desta cidade numa harmoniosa combinação.
Lagoa, é por norma, considerada uma cidade bonita. De características quase
únicas tem resistido à invasão do desordenamento, mantendo a preocupação em
salvaguardar a linha arquitectónica existente.
Sítio das Fontes
O Sitio das Fontes localiza-se ao longo das margens de um esteiro da margem
esquerda do rio Arade, perto da Vila de Estombar, do concelho de Lagoa.
As suas várias nascentes localizam-se no extremo poente do maior freático lençol
de água algarvio, conhecido por Lias-Dodger ou Querença- Silves e constituem uma
das suas saídas mais caudalosas.A água das conhecidas nascentes da Fonte da
Benémola, perto de Querença, no concelho de Loulé, tem origem na mesma reserva
subterrânea.
O Parque Municipal do Sítio das Fontes está instalado num terreno com cerca de
18 ha, pertencente ao Município de Lagoa.
É um local bastante especial porque, apesar da sua pequena área, podemos aqui
encontrar uma grande diversidade de ambientes representativos da paisagem
mediterrânica - o sapal, o paúl, o matagal, uma pequena lagoa temporária, zonas
agrícolas abandonadas e os planos e linhas de água.
Constitui também um acontecimento importante do ponto de vista geológico pela
presença das nascentes e proximidade do rio Arade.
É também importante do ponto de vista histórico-cultural porque ali se encontram
vestígios de actividades humanas que datam de tempos remotos. Os dois moinhos de
água são testemunhos mais eloquentes dessa actividade humana. A antiguidade de
pelo menos um deles está documentada no "Livro do Almoxarifado de Silves" do sé.
XV.
Existem cerca de uma vintena de moinhos ao longo do Rio Arade entre Portimão e
Silves, quase todos em mau estado ou reduzidos a ruínas, mas que atestam bem a
importância que estes tinham outrora para a economia local.
É assim que dada a sua beleza natural e importãncia ecológica, a existência de
várias nascentes de grande caudal e o património histórico-cultural, tem sido
tradicionalmente utilizado pelas populações locais para actividades de Lazer,
comemoração de datas festivas, contacto com a natureza, etc.
Desde que
foi adquirido o terreno onde se encontra instalado o Parque, em 1989, foram
recuperadas algumas estruturas como o moinho de maré e a sua caldeira, a casa do
moleiro, o antigo sistema de rega, etc., enquanto outras, como o edifício da
recepção, casa do guarda, sanitários, o anfiteatro ao ar livre, a zona de
merendas, o percurso de manutenção e um pequeno embarcadouro foram construídos
de novo.
Mais
recentemente foi construído o Centro de Interpretação da Natureza, aproveitando
a existência de um antigo edifício rural, localizado numa zona privilegiada do
Parque.
Procedeu-se
ainda à plantação ou transplantação de centenas de árvores, à delimitação dos
caminhos e estacionamentos como forma de evitar o pisoteio disperso, à
instalação de infra-estruturas, à construção de açudes, etc…
Estômbar
Área
– 24,90 Km2
População - 4 636
Densidade Populacional - 186,18 h/km2
A Vila de Estombar é uma das mais antigas freguesias do Algarve. Encanta-nos
pela silhueta da brancura do seu casario, figurando no concelho de Lagoa como o
mais mourisco dos aglomerados urbanos.
Sanabus, designação da actual Vila de Estombar no tempo da
ocupação árabe, constituindo importante centro no interior de um castelo
chamado Abenabeci, que as tropas de D. Sancho I conquistaram por alturas de
1191. Nesta bonita terra de contrastes, viram a luz do dia figuras importantes,
que ficaram para sempre na história, desde poetas como Ibne Ammar, aos heróis,
como o lendário Remexido, para além de nobres personalidades da fidalguia e
clero.
Dada a sua privilegiada localização, Estombar foi
outrora, centro económico de grande prosperidade. Baseada numa economia
essencialmente agrícola, Estombar passou a ganhar notoriedade e riqueza com o
incremento das actividades ligadas à exploração do sal e ao tráfico comercial no
Rio Arade. Porém, é com a dinamização dada à Industria Conserveira, que a
freguesia se expande, ganhando novos aglomerados populacionais e novas fontes de
rendimento. Com a decadência das referidas actividades, a povoação, foi
encontrando noutras, o seu ganha pão.
Actualmente, a Vila de Estombar conta com um pequeno tecido empresarial ligado à
construção civil e às obras públicas, reflexo do principal impulsionador do
desenvolvimento económico do concelho (turismo).
Apesar de sofrer os efeitos da interiorização, Estombar encontra-se dotada de
modernas infra estruturas e equipamentos ligados à saúde, ao ensino, ao lazer,
visando a qualidade de vida dos seus residentes.
Detentora de um invejável património, Estombar representa uma opção
particularmente atractiva no que se refere à prática de Turismo Cultural.
A Vila soube preservar a enorme riqueza de um património e de uma identidade
própria que desde sempre têm encantado os visitantes.
Parchal
Área
– 4,5 Km2
População -
3 365
Densidade Populacional
- 747,77 hab/km2
Situada na margem esquerda do Rio Arade e desanexada de Estombar em 20 de Junho
de 1997, a freguesia do Parchal é a mais recente do concelho de Lagoa,
estendendo-se por área de 4,5 Km2.
O topónimo Parchal parece derivar de Parchel ou Praxel, nome que
designava o antigo convento Franciscano situado na povoação do Calvário, na
freguesia de Estombar. O vocábulo Praxel, que advém do árabe, significa
lugar alagado ou alagadiço, precisamente como se encontravam as terras do
Parchal nas suas origens invadidas pelas marés do Rio Arade. Mas da actual
designação, foi também conhecida por Aldeia dos Cucos, numa referência popular à
família Cuco, uma das primeiras a se instalar no Parchal.
A agricultura rudimentar e familiar primeiro e a pesca e a industria conserveira
depois, foram os pólos de atracção para a criação de um primeiro núcleo
habitacional localizado defronte a Portimão e ligado a esta urbe pela então,
nova ponte do Rio Arade. No auge da actividade piscatória e da indústria
conserveira, instalaram-se no território que corresponde, actualmente à
freguesia, diversas fábricas que representavam emprego e atraíam cada vez mais
gente ao local. Quando em meados da década de 70, a indústria conserveira entrou
em declínio, o Parchal já era um espaço habitacional consolidado, com forte
ligação a Portimão, onde considerável parte da sua população desempenhava
actividades ligadas à pesca, ao comércio e serviços.
Entretanto a Revolução de Abril de 1974, trazia novos ventos, novas perspectivas
e exigências de entre elas, o direito à habitação digna e de acordo com as
necessidades das famílias. Em consequência disso, um grupo de Parchalenses
trouxe para o Parchal, um núcleo da então criada em Lagoa, Cooperativa de
Habitação Económica Lagoense, que viria a ter um papel fundamental no
desenvolvimento urbanístico e económico que o Parchal conhece hoje.
A criação da
freguesia em Junho de 1997 e a elevação à categoria de vila em Abril de
2001, foram o justo reconhecimento do extraordinário desenvolvimento e de todas
as potencialidades e perspectivas que se abrem ao Parchal.
Ferragudo
Área
- 5,74 km2
População -
1 867
Densidade
Populacional -
325,26 hab/km2
Ferragudo é uma das mais belas silhuetas de vila à beira mar que se podem
encontrar em todo o Algarve.
Debruçada sob as águas do Arade em atitude curiosa, a pacata povoação de
Ferragudo, conserva a feliz conjuntura geológica que os homens souberam
aproveitar em ruas íngremes e recortadas.
Abraçada pelas águas do mar e do rio, a povoação de Ferragudo teria nascido por
volta de do séc. XIV. Pescadores que procuravam no mar o sustento para as suas
famílias, instalaram-se nestas paragens, erigindo toscos e humildes casebres.
No entanto, existem vestígios que nos atestam presença
humana em Ferragudo no período da Pré História.
A foz do Arade foi, também, alvo de cobiça para os Fenícios e Cartagineses. Os
Romanos assentaram arraiais, dedicando-se à pesca e à indústria da salga do
peixe. A comprovar esta estada estão os achados arqueológicos encontrados junto
ao Forte de S. João do Arade.
Segundo fontes históricas, o topónimo Ferragudo provém da existência de um
engenho de ferro, implantado na Praia da Angrinha, cuja finalidade era a de
elevar o pescado e as mercadorias das embarcações que ali acostavam.
O crescimento da povoação e o seu consequente desenvolvimento conduziram
Ferragudo, à condição de Freguesia no século XVIII.
Com o incremento da indústria conserveira, no início do século passado,
Ferragudo tornou-se numa povoação próspera, disputando as primeiras posições no
mercado nacional das pescas. Tempos áureos que terminaram com a decadência da
indústria, atrasada, incapaz de acompanhar as novas tecnologias, tornando-se
pouco rentável.
A pesca continuou, assim, a ser a principal fonte de rendimento e sustento da
população.
Actualmente, Ferragudo continua a viver do mar mas numa perspectiva diferente.
O turismo instalou-se, trazendo consigo o progresso e a riqueza.
Às maravilhosas praias e às excepcionais condições naturais que aqui se
podem encontrar, aliaram-se as villas, os aldeamentos, entre outras unidades de
alojamento, tornando Ferragudo, uma região de reconhecida beleza, num lugar
aprazível e ideal para umas férias tranquilas.
Vinhos
Há milhares de anos
que a videira vegeta por estas terras, sendo provável que a cultura da vinha e o
fabrico do vinho tenham sido introduzidos no território português precisamente
pela região algarvia.
A proximidade da bacia mediterrânica, onde a vinha e o vinho eram venerados, a
facilidade de acostagem dos barcos na embocadura do rio Arade atesta esta
suposição.
Atendendo às
características específicas dos solos, beneficiando de um excepcional micro
clima, não é de estranhar que Lagoa seja o coração da produção de vinho de
grande qualidade na região do Algarve.
Com renome desde a Idade Média, o consagrado vinho de Lagoa é produzido através
de castas regionais (Crato Branco, Negro Mole, entre outras) obtendo-se um
inegável sabor afrutado, de baixa acidez e graduação elevada.
Os vinhos brancos apresentam cor carregada, aromas a frutos e sabores quentes e
aveludados, onde o álcool faz sentir a sua presença. Os tintos ostentam uma cor
rubi bastante aberta, com nuances de tijolo. Os aromas são discretos, com notas
de frutos silvestres. Estes vinhos apresentam pouco corpo e um final quente,
próprio do álcool.
Carvoeiro
Área
– 12,8 Km2
População - 2 849
Densidade Populacional - 222,57 hab/km2
À beira
mar plantada, a cosmopolita Vila de Carvoeiro, é um dos principais centros do
Turismo Internacional.
A beleza do lugar, aliada a um excelente clima e hospitalidade do povo, fadaram
a localidade a tornar-se num sério caso do Turismo nacional e além fronteiras.
Os seus areais ganharam fama, multiplicaram-se os hotéis, os aldeamentos, os
bares, os restaurantes e Carvoeiro cresceu a um ritmo alucinante, mantendo, no
entanto, a sua típica traça o que lhe confere um encanto especial.
As pitorescas janelas, as açoteias e as platibandas pintadas de tons ocre
contrastam com o branco faiscante do casario que “cai” em cascata até ao mar.
No areal, repousam as garridas embarcações de pesca e as redes descansam das
noites agitadas em alto mar.
Foi este magnífico postal ilustrado que encantou inúmeros cidadãos estrangeiros.
A “cegueira” pela pitoresca povoação de pescadores foi tal, que muitos passaram
a repartir a sua vida entre o seu país de origem e Carvoeiro.
Na verdade, já desde tempos imemoriais que Carvoeiro foi alvo de várias atenções
civilizacionais.
Neste magnífico trecho da costa algarvia, onde a Natureza fez prodígios, o mar
foi última morada para romanos, vítimas de batalhas navais e tempestades, cujos
vestígios encontrados (um cepo romano e uma âncora) nos comprovam a sua
presença.
Como consequência dos frequentes assaltos de pirataria, várias batalhas foram
travadas ao longo da costa, nomeadamente a batalha ocorrida em 1544 entre a
esquadra de D. Pedro da Cunha e o Corsário Turco Xarramet.
Segundo fontes históricas, o actual topónimo da Vila teria derivado do vocábulo
“Caboiere”, antigo lugarejo de pescadores de origem arabe-medieval, que
resistindo aos sinais do tempo, conseguiu vingar.
A pesca, foi, desde tempos longínquos, o sustento e o ganha pão destas paragens
solitárias.
À semelhança do que aconteceu com outras freguesias do concelho, Carvoeiro
também acompanhou a expansão da Industria Conserveira, responsável pela geração
de inúmeros postos de trabalho e riqueza, enquanto laborou em pleno.
Porém a partir da década de 60, as excelentes condições naturais, permitiram o
surto turístico e concomitantemente o desenvolvimento de outras actividades a
ele afectas.
As paragens solitárias tornaram-se buliçosas, atractivas, cheias de gente dos
mais variados países que em férias ou em negócios vão afluindo cada vez em maior
número.
Carvoeiro, representa uma opção particularmente atractiva no que se refere à
prática do Turismo de “Sol e Praia”, golfe e desportos náuticos.
O recorte da costa, a qualidade das águas, a amenidade climática, a notoriedade
dos campos de golfe, as acessibilidades e infra estruturas criadas e a correcta
ocupação do solo em termos de ordenamento, conferiram a Carvoeiro as condições
necessárias para que se afirmasse como um dos destinos de qualidade, mais
procurados por turistas nacionais e estrangeiros.
Porches
Área
– 16,5 Km2
População - 1918
Densidade Populacional - 116,24 hab/km2
Empoleirada sobre um outeiro, à beira da mais antiga via longitudinal do
Algarve, poisa a pequena Vila de Porches.
A brancura do casario, as janelas emolduradas pelas barras pintadas de cores
ocres, os telhados antigos, a originalidade das chaminés, é motivos que prendem
demoradamente o olhar de quem visita esta típica vila do concelho de Lagoa.
No território, em que se inscreve actualmente a
freguesia, existem vestígios de ocupação humana contínua que nos remonta ao
Neolítico.
Segundo fontes históricas, a actual Vila de Porches teve a sua origem em meados
do séc. XVI, tendo sido edificada pela população, vinda de uma antiga urbe
denominada Porches Velho (lugar da freguesia mais próximo da costa).
Porches Velho teria sido ocupado por romanos e em 1253 já era considerado Vila,
cabeça de um julgado e possuidora de um forte castelo Medieval.
A região de Porches foi célebre e importante. Terra conhecida pelo seu famoso
vinho, Terra do barro, das olarias e dos grandes mestres.
Habilidosas mão continuam a dar forma ao barro, mantendo viva esta arte secular.
Com o incremento do Turismo, a olaria de Porches tornou-se próspera. O barro
artístico teima em assimilar harmoniosamente as técnicas e motivos transmitidos
pelos velhos mestres, cuja arte o aprendiz dá continuidade, com uma nova e
original inspiração.
Porches, tornou-se num importante centro turístico, figurando nas diversos
roteiros turísticas da região.
Foi sobretudo a partir dos anos 80 que a localidade se expandiu e se desenvolveu
de forma notória. Para tal, contribuíram as infra estruturas criadas, a correcta
ocupação do solo e a envolvente natural, magníficas praias, Natureza exuberante.
Porches alberga, actualmente os mais elevados padrões de alojamento,
empreendimentos com renome, sobejamente conhecidos pela sua tradicional
hospitalidade e qualidade de serviço. Este tipo de oferta tem atraído o tão
querido e falado turismo de qualidade, o turismo que traz para a região mais
valias, sem os inconvenientes da massificação.
In(http://www.municipiodelagoa.net)
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